Para começar, devemos ser consumidores conscientes. Antes de comprar algum produto novo, questionar: será que realmente preciso de o comprar?
Um dos maiores problemas que devemos ultrapassar como sociedade é a compra excessiva e desnecessária de produtos. Por vezes, sentimos o impulso de comprar determinados produtos, pois são modelos mais recentes ou diferentes, e acabamos por não refletir se realmente são necessários ou se os vamos utilizar com frequência. Não pensar nestas questões pode levar-nos a gastar elevadas quantias em produtos que acabamos por utilizar escassas vezes.
Por isso, uma boa prática de economia circular em casa baseia-se em alugar, pedir emprestado e emprestar, e comprar em segunda mão. Antes de comprar um produto, para utilização pontual, devemos verificar se existe alguém que nos possa emprestar ou se, na nossa comunidade, existe a possibilidade de o alugar. Da mesma forma, devemos disponibilizarmo-nos para emprestar ou alugar aparelhos ou produtos que não estamos a utilizar e que outros precisem. Em último caso, podemos também optar por comprar o que precisamos em segunda mão. Desta forma, os produtos aumentam o seu ciclo de utilização. Este conceito de economia da partilha abrange desde uma peça de roupa até um carro ou uma casa.
Uma vez tomada a decisão de adquirir determinado produto ou serviço, as próximas questões são: Este produto é de origem sustentável? Quais os impactes da produção deste produto e/ou serviço? Existe alguma outra opção no mercado que integre medidas circulares e de sustentabilidade? Sempre que possível, devemos dar prioridade à compra de produtos locais, circulares e sustentáveis. A nossa escolha conta e influencia o mercado global. Se todos nós (ou pelo menos a maioria) preferisse e exigisse produtos com rótulos sustentáveis e circulares, as empresas que não os comercializam, iriam repensar a sua produção e seriam induzidas a inovar na sua circularidade e sustentabilidade para garantir a competitividade no mercado.
Após comprar o produto que necessitamos, devemos tentar que as matérias-primas que deram origem a esse produto se mantenham na economia durante o maior tempo possível. Como?
• Cuide e utilize os produtos de forma correta, assegurando a sua manutenção
• Repare e reutilize.
• Finalmente, e quando não é possível reparar e reutilizar, vender em segunda mão ou doar, devemos assegurar que as matérias-primas podem ser utilizadas em novos produtos. Isto mediante a sua entrega, se disponível, num sistema de retoma por parte das marcas ou através da reciclagem.