Fechar o Ciclo

Construção Civil

O sector da construção civil é responsável por 30% da extração de recursos naturais e 25% dos resíduos produzidos no mundo.

De acordo com os dados presentes na Agenda Madeira Circular, em 2016, a construção foi o terceiro sector económico com maior contributo para o VAB, representando 9,5% do VAB das empresas, o equivalente a cerca de 123 milhões de euros. O Volume de Negócios deste sector foi de 382 milhões de euros, distribuído por cerca de 1100 empresas com 5397 pessoas contratadas. O sector da construção é responsável por 12% dos consumos não produtivos, sendo, igualmente, um dos sectores que mais consome recursos na Madeira.

A elevada complexidade e exigência da construção na Região, com correspondente capacitação técnica, constitui uma oportunidade para o desenvolvimento e implementação de melhores práticas de construção circular. Conheça de seguida alguns exemplos de boas práticas no sector:  


Para mais informação, consulte o guia de boas práticas para este sector aqui.

1

Uso de recursos

Desenhar e produzir os materiais e/ou produtos pensando na sua remanufactura e reutilização aquando da desconstrução da obra

Incorporar materiais reciclados nos produtos.

Utilizar materiais com alta durabilidade

Comunicar as opções de final de vida do material.

Se for possível a reutilização ou reciclagem dos produtos/materiais, disponibilizar esquemas de retoma que permitam recuperar matérias-primas para remanufactura.

Mapear os tipos e quantidades de resíduos produzidos durante o processo de fabrico dos materiais e/ou produtos.


2

Projeto

Os responsáveis pelo projeto devem:

Quando possível, optar pelo desenho de edifícios modulares.

Identificar, em fase de projeto, a aplicabilidade da circularidade no seu ecodesign e construção. Por exemplo, utilização de produtos reciclados ou reutilizados, eficiência de utilização dos materiais, um desenho que seja facilmente adaptável, mantido e renovável.

Dar prioridade a fabricantes de materiais que tenham estabelecido medidas e princípios da economia circular. Estabelecer uma relação com parceiros sensíveis para o tema com programas de inovação que integrem os princípios da economia circular. Identificar fornecedores que ofereçam materiais remanufaturados, reutilizados, reciclados, ou que disponibilizem esquemas de retoma.

Considerar a economia circular para todo o período de vida do projeto e não apenas para a fase de construção.

Pensar nas necessidades de manutenção e renovação para conseguir prolongar o tempo de vida útil do edifício e evitar futuros resíduos.

Considerar a necessidade de desconstruir ou demolir, o que permite identificar oportunidades de aproveitamento ou reciclagem de materiais e também a forma ideal de desconstruir o projeto para evitar resíduos.


3

Construção

Os responsáveis pela construção devem:

Reconhecer o empenho dos seus fornecedores na adoção de práticas circulares. A qualificação de fornecedores deve ter em conta também este tema.

Identificar como é que a sua ação na obra pode beneficiar de práticas circulares. O recurso a materiais reutilizados no estaleiro reduz o desperdício.

Diminuir a produção de resíduos. Procurar eliminar os resíduos durante a construção, utilização, manutenção e fim de vida, promovendo o envolvimento com a equipa de design, clientes e fornecedores/fabricantes.

Investigar sobre as melhores práticas de inovação no sector no âmbito da economia circular.


4

Manutenção

Os proprietários dos edifícios, enquanto responsáveis pela sua utilização, devem comprometer-se a:

Quando necessário, realizar a manutenção dos edifícios e das suas componentes, por forma a prolongar o seu tempo de vida.

Durante as obras de manutenção e/ou restauração, optar por aplicar práticas circulares. Reaproveitar materiais sempre que possível e selecionar materiais, fornecedores e empreiteiros que demonstrem compromisso com a promoção da circularidade e inovação.


5

Fim de vida

Quando a demolição é a opção de fim de vida do edifício, os seus responsáveis devem:

Dar prioridade à desconstrução, evitando a demolição, já que a desconstrução permite a recuperação de materiais.

v Partilhar conhecimentos com outras indústrias que integram o sector (design, materiais, construtores). Porque têm a melhor perceção de como o desenho e a construção tornam a demolição ou desconstrução mais eficientes e capazes de recuperar uma maior quantidade de materiais.

Para conhecer mais sobre as iniciativas no sector da construção e das tecnologias aplicadas, consulte os exemplos. Poderá ainda descarregar o Guia de Boas Práticas para o setor da construção disponível neste site.