Ao nível nacional, as empresas de distribuição e retalho são grandes contribuidoras para a economia, com um VAB nacional de cerca de 23 mil milhões de euros. Em termos regionais, o sector da distribuição e retalho é responsável por cerca de 34% (465 milhões de euros) do VAB total da RAM.
Segundo os dados disponíveis mais recentes e referenciados na Agenda Madeira Circular, em 2016, na Madeira eram 29 os estabelecimentos com atividades de comércio e retalho, com predominância alimentar, com uma área de exposição e venda de cerca de 36 mil m2 e representando 1.919 empregos. O volume de negócios desta atividade foi, nesse ano, cerca de 295.410 milhares de euros e o volume de vendas cerca de 292.858 milhares de euros.
Sendo este sector prioritário na Madeira e grande responsável pelo consumo de recursos e produção de resíduos e emissões, existe necessidade e capacidade para implementar novas soluções alinhadas com os princípios da economia circular. Neste sentido, os esforços destas empresas para se tornarem mais circulares devem ser baseados na redução do consumo, na reutilização e na reciclagem.
Acompanhar o processo de conceção dos produtos, potenciando e exigindo o recurso ao ecodesign, a utilização de produtos e de ingredientes de origem sustentável, e a implementação de processos mais eficientes, reduzindo o desperdício e os consumos.
Integrar na análise ambiental dos produtos as diferentes etapas do seu ciclo de vida, para minimizar o impacte ambiental.
Potenciar o prolongamento da vida útil dos produtos, oferecendo serviços de reparação, retoma ou reutilização de componentes em novos produtos ou serviços.
Estabelecer políticas de compra baseadas em critérios de circularidade com rótulos específicos.
Caso seja identificada essa possibilidade, disponibilizar produtos em forma de serviços (p.ex.: aluguer ou outras alternativas à compra).
Procurar soluções eficientes e circulares de embalagens. Por exemplo, adaptar as embalagens e os seus tamanhos aos produtos de forma adequada.
Evitar a utilização de embalagens desnecessárias.
Controlar e reportar as quantidades de embalagens utilizadas anualmente, de forma a conseguir estabelecer medidas e objetivos de diminuição.
Sensibilizar os clientes sobre a gestão correta das embalagens que recebem e, em caso de ser possível, criar um sistema de retoma das embalagens para serem reutilizadas em diversas entregas.
Por exemplo, pela disponibilização de vários tipos de sacos recorrendo a diferentes materiais, como, saco de algodão, saco PET, saco nylon, saco de papel, trolleys ou até caixas de cartão.
Por exemplo, no que respeita ao combate contra o desperdício alimentar, e a importância da reutilização e da reciclagem.
Mediante a implementação de certificações que revelam a implementação de práticas circulares e mais eficientes nas diversas operações.